Polícia Militar vai devolver 302 viaturas por falta de verba!
Crise atinge a frota e prejuízo maior fica com a Baixada,
Niterói, São Gonçalo e Zona Oeste
Adriana Cruz
Rio - O anúncio do Comando da Polícia Militar sobre a devolução de 302
viaturas Renault Logan deixou os batalhões em alerta vermelho. As unidades mais
atingidas são da Baixada Fluminense, Niterói, São Gonçalo e Zona Oeste. Só os
quartéis de Mesquita e Duque de Caxias vão ter baixa de 84 veículos, como revela
lista à qual O DIA teve acesso. As regiões têm alto índice de
violência.
Nos bastidores, comandantes de vários batalhões alegam que o patrulhamento
nas ruas vai ser o mais prejudicado. A Avenida das Américas, na Barra da Tijuca,
pode ter o policiamento reduzido, já que o 31º BPM (Recreio dos Bandeirantes)
vai devolver 13 carros.
Na Baixada Fluminense, o corte mobilizou até o prefeito de Duque de Caxias,
Alexandre Cardoso (PTB). Ontem, reunido com o governador Luiz Fernando Pezão
para discutir a questão das enchentes no município, ele aproveitou para fazer um
apelo e tentar reverter a situação de Caxias, que passará a operar com 63
viaturas.
Unidades mais atingidas com devolução de viaturas são da Baixada Fluminense, Niterói, São Gonçalo e Zona Oeste
Foto: Ernesto Carriço / Arquivo Agência O Dia
Em resposta, ouviu que o governo vai fazer um esforço para evitar
ao máximo o corte. Na lista, o Palácio Guanabara só perde um carro com a
‘tesourada’ na frota.
Em nota oficial, a corporação informou que o Estado-Maior já tem um plano de
redistribuição da frota, mas não deu detalhes de como o projeto seria executado.
Atualmente, a PM tem dois contratos de locação com a CS Brasil Transportes de
Passageiros e Serviços Ambientais Ltda.
No primeiro, assinado em 2011, foi estabelecido o fornecimento de 1.306
carros até o segundo semestre do ano que vem. Outra contratação, feita em 2013,
abrange 1.137 veículos e tem validade, também, até o segundo semestre de
2016.
Segundo outro trecho da nota da PM, as viaturas devolvidas “estavam
emprestadas para a Polícia Militar desde outubro do ano passado, sem custo para
a corporação”. O reforço era para ajudar no policiamento de fim de ano e
Carnaval. Muitos comandantes alegam que não há como substituir os postos
ocupados por viaturas por policiamento a pé.
Na área da segurança, a crise financeira atinge ainda as delegacias da
Polícia Civil. Muitos delegados reclamam que os investigadores não podem mais
ligar para celulares de todos os telefone das unidade — muitas vezes, isso só
pode ser feito do aparelho que fica na sala do delegado. O corte de custos
atrapalha as investigações. Atendentes terceirizados também sofrem com atraso
salarial.
POSTADO POR: Ranieri Botêlho FONTE: O Dia/RJ
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